quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Logística e a sustentabilidade dos Correios

O DIA – RJ (25/10)
OPINIÃO
Logística e a sustentabilidade dos Correios
José Furian Filho – vice-presidente de Logística dos Correios
Quem assistiu aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 pela televisão ou presencialmente deve ter
notado que tudo estava no lugar certo, na hora certa: O piso do handebol, o obstáculo do hipismo, a tabela
de basquete, a bola de futebol, o barco da vela, a toalha do maratonista, a vara do saltador, o cronômetro da
natação, as medalhas dos vencedores, as amostras do antidoping, as bagagens dos atletas, as camas na
vila olímpica, sem contar os ingressos que chegaram nas residências dos torcedores. Por trás de todos
estes objetos estavam os Correios, que armazenaram, transportaram e entregaram 30 milhões de itens e
equipamentos nos locais de competição e nas demais instalações do evento.
A estatal contou com três centros logísticos, totalizando 100 mil metros quadrados, o equivalente a 12
campos de futebol. Mais de duas mil pessoas estiveram envolvidas só na equipe dos Correios, além de 170
caminhões e dois mil equipamentos de movimentação, entre paleteiras, empilhadeiras, trator e guindaste.
Toda esta operação recebeu menção honrosa por parte do Comitê Olímpico Internacional (COI).
A medalha de ouro na logística só foi possível graças ao planejamento e o empenho dos empregados dos
Correios. Para desenhar o perfil desta cadeia logística, foi utilizado o modelo SCOR (Supply Chain
Operations Reference), com o objetivo de identificar demandas e recursos disponíveis. A partir daí, foi criada
uma força tarefa com dezenas de profissionais da empresa para atuar dedicados aos Jogos; muitos deles
foram enviados como observadores a outras competições similares, como os Jogos de Verão em Nanquim
(China), de Inverno em Sochi (Rússia) e o Pan de Toronto (Canadá). Além disso, mais de 40 eventos-teste
antes das Olimpíadas serviram para aprimorar e ajustar detalhes.
Os Correios trabalharam com a filosofia de “fazer certo da primeira vez”. Isto é, sem margem para erros.
Dessa forma, o planejamento adotou medidas rigorosas de controle e modernos softwares e sistemas. A
estatal ainda optou por um operação asset light, ou seja, com poucos custos fixos e de forma a desmobilizar
a maioria dos ativos envolvidos ao final dos Jogos, deixando, de um lado, um legado de conhecimento e
novas tecnologias e, de outro, nenhuma despesa com ativos não mais necessários.
Com 353 anos de história e a logística em seu DNA, os Correios têm tradição de realizar grandes
operações, como a distribuição das provas do Enem e dos livros didáticos em todos os municípios
brasileiros. A maior operação logística do mundo em tempos de paz ratificou a diversidade de serviços que a estatal pode prestar à sociedade, aos governos e a organizações privadas, apontando um caminho
sustentável para o futuro da empresa.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Os o inocentes

Nossos brilhantes deputados que votaram na PEC do fim do mundo. Contra direitos sociais dos trabalhadores da educação e saúde. Nunca mais vote neles!